Lesões por esforço repetitivo: sinais, prevenção e tratamentos

Movimentos repetitivos e posturas inadequadas podem causar danos silenciosos. Aprenda a reconhecer os sinais das LERs, saiba como prevenir lesões no dia a dia e entenda quando buscar orientação ortopédica para evitar complicações futuras.

As Lesões por Esforço Repetitivo (LER) são condições causadas pela repetição frequente de movimentos ou pela manutenção de posturas inadequadas por longos períodos. Essas lesões afetam principalmente músculos, tendões e nervos, e são comuns em pessoas que trabalham em escritórios, digitam com frequência, utilizam ferramentas manuais ou exercem atividades com movimentos repetitivos.

Os sinais iniciais da LER geralmente são discretos, mas progressivos. Entre os sintomas mais comuns estão dor localizada, sensação de peso, formigamento, fadiga muscular, perda de força e rigidez nas articulações. Esses desconfortos costumam aparecer durante a atividade e podem persistir mesmo em repouso, comprometendo o desempenho e a qualidade de vida do paciente.

Se não tratadas corretamente, as LERs podem evoluir para quadros mais graves, como tendinites, tenossinovites, síndrome do túnel do carpo ou bursites. Por isso, é fundamental reconhecer os primeiros sinais e procurar avaliação ortopédica o quanto antes. O diagnóstico precoce permite um tratamento mais simples e evita complicações.

A prevenção é a chave para evitar o surgimento dessas lesões. Realizar pausas durante o trabalho, adotar uma postura correta, ajustar a ergonomia do ambiente (como altura da cadeira, mesa e tela do computador) e alternar tarefas ao longo do dia são medidas eficazes. Alongamentos frequentes e fortalecimento muscular também ajudam a proteger tendões e articulações.

O tratamento varia conforme a gravidade da lesão e pode incluir repouso da região afetada, uso de anti-inflamatórios, fisioterapia, aplicação de gelo, correções posturais e, em casos mais avançados, infiltrações ou até procedimentos cirúrgicos. A reabilitação é essencial para restaurar a função e prevenir recorrências.

Além dos cuidados físicos, a orientação ergonômica por parte de um especialista é fundamental para que o paciente possa retornar às suas atividades sem riscos. Isso inclui o uso de apoios adequados para braços, punhos e pés, bem como a revisão de movimentos repetitivos que estejam sobrecarregando estruturas específicas.

Ignorar os sinais do corpo pode transformar uma dor passageira em um problema crônico. Ao adotar medidas preventivas e buscar orientação médica ao menor sinal de desconforto, é possível manter a saúde musculoesquelética e continuar realizando suas atividades diárias com segurança e bem-estar.