

A dor crônica na coluna, especialmente na região lombar (lombalgia), é um problema de saúde incapacitante que afeta milhões de pessoas. Em muitos casos, essa dor é originada nas articulações facetárias (as pequenas articulações localizadas na parte posterior das vértebras), que sofrem desgaste em decorrência do envelhecimento natural ou da artrose facetária.
Quando os tratamentos conservadores, como fisioterapia, medicamentos e bloqueios tradicionais, não conseguem oferecer um alívio sustentado, o especialista em coluna pode indicar a Rizotomia por Radiofrequência. Este é um procedimento minimamente invasivo que se destaca por atuar diretamente na fonte da dor, oferecendo uma solução mais duradoura para o desconforto na coluna.
O procedimento da Rizotomia utiliza o calor gerado por ondas de radiofrequência para interromper a condução dos sinais de dor. Guiado por imagens de alta precisão (como a radioscopia), o médico insere agulhas muito finas próximas aos pequenos nervos (os ramos mediais) que inervam as articulações facetárias. Ao aplicar o calor, esses nervos são cauterizados de forma controlada, desativando a via de transmissão da dor para o cérebro.
É importante ressaltar que os nervos desativados são apenas os sensitivos, ou seja, aqueles que transmitem a sensação dolorosa. O procedimento não afeta os nervos responsáveis pela movimentação ou força muscular, garantindo a segurança e a função motora do paciente. Por isso, a Rizotomia é considerada uma alternativa segura e eficaz quando a origem da dor já foi confirmada através de um teste terapêutico (bloqueio anestésico prévio).
As principais indicações para a Rizotomia incluem a dor lombar crônica e cervical causadas por artrose facetária, doença degenerativa do disco e, em alguns casos, quadros de dor remanescente após cirurgias de coluna. Ela é especialmente benéfica para pacientes que buscam evitar cirurgias mais complexas ou que possuem contraindicações clínicas para grandes intervenções.
Uma das grandes vantagens da técnica é o seu caráter minimamente invasivo. O procedimento é realizado com anestesia local e sedação leve, não exigindo cortes ou suturas, e geralmente o paciente recebe alta hospitalar no mesmo dia. Isso significa um trauma cirúrgico muito menor, menor risco de infecções e uma recuperação significativamente mais rápida e com menos dor pós-operatória.
Embora não garanta a eliminação de 100% da dor para todos os pacientes, a Rizotomia proporciona um alívio significativo que pode durar de meses a até dois ou três anos. Caso os nervos se regenerem com o tempo e a dor retorne, o procedimento pode ser repetido com a mesma segurança e eficácia. O resultado final é uma melhora notável na qualidade de vida e na mobilidade, permitindo o retorno às atividades diárias e à reabilitação.
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